Pitcairnia encholirioides L.B.Sm.

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Descrita na obra Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 10: 146. (1951), por L.B. Smith. A espécie pode era conhecida até 1997 somente pelo material-tipo. Pode ser facilmente diferenciada por apresentar inflorescência semelhante à de Encholirium spectabilis Martius, o que lhe justifica o nome (Wendt; Chamas 1997). A característica que mais chama atenção em P. encholirioides é a presença de bainhas foliares muito suculentas cobertas por bainhas secas envolvendo um caule reduzido, formando um bulbo típico, o que é inédito para Bromeliaceae. Destacam-se também na espécie a corola actinomorfa, os estames inclusos e as pétalas não espiraladas durante e após a antese, caracteres estes que a diferenciam dos demais taxa do gênero (Martinelli; Forzza, 2006).

Dados populacionais

São conhecidas duas subpopulações (Forzza com. pess.), somando juntas não mais que 1.200 indivíduos. A maior delas, localizada na Pedra das Flores, Município de Santa Maria Madalena - RJ, apresenta cerca de 900 indivíduos (Martinelli; Forzza, 2006). A espécie foi considerada rara, sendo que a maior população conhecida está em um afloramento rochoso muito degradado, sujeito à passagem de fogo e pisoteio de animais, dentro de uma propriedade particular em Santa Maria Madalena (Martinelli; Forzza, 2006; Soares; Freitas, unp. data). Soares; Freitas (unp. data) verificaram folhas das populações de P. encholirioides danificadas por pisoteio de animais. Forzza (com. pess.) reporta a existência de outra população, coletada por E. Leme em afloramento rochoso próximo ao Parque Estadual do Desengano, porém de dimensões muito pequenas e fortemente impactada pela invasão de capins exóticos africanos

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro. Representa um endemismo restrito dos Afloramentos Rochosos da região da Serra do Desengano, Nordeste do estado do Rio de Janeiro, município de Santa Maria Madalena (Martinelli; Vaz, 1988; Martinelli et al. 2008). Foi coletada entre 1000 e 1700 m de altitude, na Pedra das Flores, Serra do Desengano (Martinelli; Vaz, 1988), na região do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al. 2008). É considerada uma planta rara (Biodiversitas, 2005; Martinelli; Forzza, 2006).

Ecologia

Planta heliófila, saxícola ou rupícola (Martinelli; Vaz, 1988; Biodiversitas 2005; Martinelli; Forzza, 2006), ocorrendo em Campos de Altitude e Afloramentos Rochosos associados ao bioma Mata Atlântica (Martinelli; Vaz, 1988; Stehmann et al. 2009).

Ameaças

1.7 Fire
Detalhes A maior população conhecida (Pedra das Flores) está situada dentro de uma propriedade particular no município de Santa Maria Madalena - RJ, sujeita a passagem de fogo (Martinelli; Forzza, 2006).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Detalhes A menor população conhecida desta espécie coletada por E. Leme nas proximidades do Parque Estadual do Desengano está sob impacto da invasão de espécies exóticas de capins africanos com alto poder competitivo (Forzza com. pess.).

1.1.4 Livestock
Detalhes A maior população (Pedra das Flores) situada dentro de propriedade particular está sujeita ao pisoteio de animais (Martinelli; Forzza, 2006).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II , da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo considerada "Deficiente de Dados" (DD). Foi considerada "Criticamente em Perigo" (CR) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie tem registros dentro dos limites do Parque Estadual do Desengano (CNCFlora, 2011).